O Colóquio promoveu a análise sobre o modo como o Direito pode tornar relevante os estados mentais e as emoções, situando-se no debate contemporâneo sobre a matéria das emoções a partir da Filosofia e tomando em consideração as controvérsias suscitadas sobre como se relacionam as emoções com a ação através da Neurociência.
O Colóquio decorreu com assinalável êxito, ao longo de dois dias, contando com a participação de cerca de 130 pessoas (105 pessoas inscritas e cerca de 25 convidadas), oriundas de diversas áreas das ciências sociais e jurídicas e das artes. Os diversos painéis de oradores, revelaram o diálogo teórico frutuoso da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa com outras entidades congéneres nacionais e estrangeiras. O primeiro dia foi dedicado ao Direito, à Filosofia e à Neurociência. No segundo dia apresentou-se e refletiu-se especificamente sobre a relevância das emoções para a construção da responsabilidade penal. Na última jornada debateu-se, ainda, a questão da relevância do conhecimento das emoções na arte e o interesse para o Direito desse modo de conhecimento. O evento encerrou com um recital de piano em que foi interpretada a obra de Schumann, Carnaval Opus 9, acentuando-se também na apresentação dessa peça a relação da música com as emoções humanas, através de referências às obras de Barthes e de Marcel Beaufils sobre o caso Schumann.